sexta-feira, junho 20

Sociedade das idéias

Video com palestra do Ken Fujioka e Daniel de Tomazzo, na Conferencia de Planejamento do GP em 2006. Tema: Sociedade das idéias.

O que é planejamento?

Pesquisando na net, encontrei o site do Grupo de Planejamento do Rio Grande do Sul. Eles apresentam um 'pequeno' texto sobre O que é Planejamento. Simples e direto. Vale a pena ler, seja para apreender, relembrar ou se assustar (coisa do tipo: nossa, como tem coisa para eu aprender).
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O que é planejamento?
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Essa é uma das perguntas que a maioria das pessoas, ligadas ou não à área de comunicação, costumam fazer a respeito da disciplina. Por isso, também foi um dos primeiros questionamentos que o grupo levantou nos encontros iniciais.
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O conceito clássico de planejamento é “o processo de guiar ou facilitar o processo de comunicação pela aplicação de conhecimento sobre o consumidor e o mercado”.
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Na prática, porém, o papel de um profissional de planejamento vai muito além disso. Ele incorpora muitas funções, que podem variar do tipo de empresa, do perfil da agência, ou de outros fatores, o que o torna um profissional verdadeiramente multidisciplinar. Entre os papéis mais conhecidos, podemos citar:
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• Pesquisador de mercado – Origem de muitos planejadores, é a também a espinha dorsal do trabalho. É preciso saber desenhar, conduzir, analisar e relatar pesquisas de forma objetiva. • Analista de dados - O planejador assegura que todo dado relevante tenha sido analisado apropriadamente antes das decisões de marca. Isto abrange não apenas pré-testes, mas dados de vendas, tendências, demografia, etc. Significa enxergar a história por trás dos números, com senso comum, intuição e clareza de pensamento.
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• Moderador de Grupos de Discussão Qualitativo – É onde o planejador se aproxima mais do target, vendo o mundo sob a sua ótica. Nesse papel, ele é ao mesmo tempo psicólogo e intérprete.
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• Central de Informações – Conhecimento é pedra fundamental do planejamento. E saber onde procurar para descobrir coisas é chave. É uma das pontas mais visíveis do trabalho de planejamento, tangibilizando um trabalho tão subjetivo, e que agrega muito valor ao clientes.
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• Antropólogo Social – Com o mundo mudando o tempo todo, é cada vez mais importante para pessoas criativas estarem em contato com a evolução das tendências culturais e sociais, para garantir relevância no que se faz e aplicar com velocidade o novo conhecimento.
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• Voz do Consumidor – Uma definição clássica, mas ainda atual. Implica em garantir que a compreensão sobre o comportamento do consumidor seja trazida a todos os estágios do desenvolvimento da comunicação, pois nem sempre as pessoas que trabalham nos processos são do target envolvido.
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• Pensador/Desenvolvedor de Estratégias - Quem enxerga o todo é quem tem condições de formatar as linhas estratégicas. Assim, o planejamento pode criar estratégias para amarrar com as intenções gerais do cliente e orientar todo o esforço de marca, deixando todos conscientes das questões-chave e determinando o papel da comunicação para aquela situação em análise.
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• Planejador de Mídia e de Comunicação - A integração das mídias tem sido a estratégia de crescimento de muitas agências, e é cada vez mais importante o planejador entender o papel estratégico e a eficácia das diferentes mídias, por target e categoria, para utilizá-las no atingimento dos objetivos de marca.
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• Consultor no Desenvolvimento de Novos Produtos - Estar presente ao nascimento de um novo produto ou serviço, participando do posicionamento, da criação de nome, da testagem e do lançamento, é uma das experiências mais interessantes e agregadoras para um planejador.

Mas há muito mais. Os planejadores também precisam ser adivinhos, ver o que ainda ninguém viu. Precisam ser polemistas, pois do pensamento original nascem grandes idéias. Precisam escrever briefings criativos, facilitar brainstorms, coordenar endomarketing nos clientes, organizar processos, desenvolver projetos...

E durante a execução de todos os papéis acima, ele sempre vai estar garimpando insights. Insights que vêm do consumidor, do mercado, da cultura do cliente, da concorrência, dos valores da marca, em fim, de qualquer lugar. E que podem mudar o negócio do cliente.
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Fonte: GPRS

Como fazer propaganda atual


Recado curto e bem dado pelo Fabiano Coura. Vale a pena ler

"Pude perceber pelas perguntas dos youngs na palestra da Naked que essa nova geração de criativos entendeu o recado: as campanhas mais bem sucedidas em mercados cuja mídia se encontra em alto estágio de fragmentação precisam ser concebidas como um "presente" para os consumidores.
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Eles farão o trabalho de comentar sobre elas e impulsionar sua mensagem. É como se o começo da estória pudesse ser contato pelas agências, que não poderiam identificar o "meio" e tão pouco saberiam definir quando suas campanhas chegariam ao fim... porque na web as mensagens não tem fim."

Fonte: www.fabianocoura.com

O que você faria em 15 minutos?


Vi esta pesquisa no blog do Fabiano Coura e achei bem interessante para nossa área.
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Ela apresenta o que jovens americanos com idade entre 14 e 29 anos fariam se tivessem 15 minutos de tempo livre. Acompanhar redes sociais e falar no celular saem na frente, reafirmando o poder da interação em nossos dias.
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Mas, o curioso está no terceiro lugar: o bom e velho 'assistir tv'! À frente de 'utilizar a internet' e 'jogar video-game', ser telespectador puro e simples ainda agrada muitaaa gente.
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Talvez isso seja o residual de um tempo em que a tv era a líder de preferência, perdendo seu posto para meios que permitem a via de interatividade. Contudo, creio que a tv tende a manter este posto em virtude da crescente integração dos suportes digitais.

Ainda vemos e vivemos a web, o celular e a tv como suportes distintos. Mas o futuro já aponta claramente a união destes para a (re)criação de plataformas. E o melhor: não precisamos esperar, pois ela já está aí na sua porta.

quarta-feira, junho 18

Mês dos Namorados Buriti Shopping


Para estimular vendas e aumentar o ticket médio das compras para o Dia dos Namorados no Buriti Shopping, desenvolvemos uma estratégia de 'compre e ganhe com acréscimo'.

A proposta de brinde - 2 colares com um pingente cara-mentade banhandos a ouro 18k - foi escolhida por proporcionar uma experiência de relacionamento contínua entre os clientes, característica que segue o conceito de trabalho do shopping atualmente.

Com uma campanha bem estruturada, a divulgação alcançou o público do shopping e estimulou a aquisição do brinde.

Em menos de 15 dias, mais de 2000 brindes foram entregues a apaixonados clientes. Este número foi acima do esperado, o que gerou um pouco de correria para confeccionar mais peças - mas que trouxe uma satisfação imensa para nós!

Planners: Sérgio Filho e Emerson Pereira
Agência: Jordao Publicidade

Para clientes

"Deu no AdAge: "If You Want Better Work, Try to Be a Better Client"

Beau Fraser, Managing Director da The Gate Worldwide, escreveu há algumas semanas para o AdAge sobre como, às vezes, os clientes precisam reconhecer que suas atitudes causam empecilhos para a criação de grandes idéias por parte de suas agências.

E ele afirma isso basicamente por 4 coisas:

1. Clientes tratam o marketing como um pit stop, não como profissão - o marketing muitas vezes é tratado como mais um departamento dentro do plano de carreira dos clientes e não como uma profissão central para o business.

2. Clientes carecem de coragem - muitas pessoas de marketing costumam fazer coisas com base no que sempre foi feito, evitando a chance de errar e dificultando muito o surgimento de idéias inovadoras.

3. Clientes não são alinhados - depois de muitas apresentações para pessoas diferentes não é difícil aparecer alguém, que é de fato o tomador de decisão, que não gosta da idéia e obriga o processo a recomeçar.

4. Clientes baseiam decisões em pessoas muito júnior - nos clientes, algumas decisões importantes são tomadas por pessoas júnior, que podem ser muito inteligentes, mas não têm experiêcia suficiente para colocar os pontos finais nas histórias.

Fonte: Grupo de Planejamento


Yes We Can

Não tenho acompanhado de perto as eleições americanas, mas quando vi este vídeo, confesso que me interessei bem mais - pelo lado da comunicação.

Promovendo o tema We Can Change, este simples e bem elaborado video consegue, de forma bem significativa, envolver quem o assiste.

Interessante é a forma como ele projeta o processo de 'representação', que é uma das bases da democracia. Há uma relação dupla de o 'povo' falar as palavras do 'candidato' e o candidato representar a voz do povo.

Isso nos proporciona uma pequena lembrança da importânica de envolver e enganjar as pessoas numa idéia forte - we can change - e não numa promessa.

Yes We Can - Barack Obama Music Video

Dia dos Namorados Vivo DF





Últimos trabalhos.

Com foco em promover a marca Vivo e estimular vendas no pdv, desenvolvemos uma ação promocional bem descontraída para envolver casais em shoppings de Brasília e região.

Criamos um telefone de cordão - daqueles que fazemos quando crianças - e convidamos os consumidores a se divertirem com o 'brinquedo'. O discurso é mais ou menos assim:

- Lembra da história do telefone sem fio?
- Pois é, a idéia é que vocês usem esse daqui pra dar uma dica, um sinal de alguma coisa que ele tem ou que ela tem e que vocês acham que dá pra melhorar...
- Pode ser alguma mania, pode atitude, uma situação, tá legal?
- Mas tem que falar uma vez só e rapidinho, vamos lá.


A brincadeira acontece, e logo depois os promotores perguntam:

- E aí, entendeu o que ela falou?
- Viu, se você tivesse usado um Vivo pra falar isso ele tinha entendido há muito tempo. - Então aproveita a promoção do Dia dos Namorados e fale tudo isso por cinco centavos o minuto.
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O resultado foi muito legal. Dezenas de pessoas participaram da ação nos shoppings e as vendas cresceram no pdv.

- Planner: Sérgio Filho
- Co-planner: Emerson Pereira

Scuppies: os novos yuppies



Scuppie é a sigla para Socially Conscious Upwardly-mobile Person (pessoa socialmente consciente e antenada nas novidades tecnológicas), uma espécie de eco-geek abastado.

Trocando em miúdos, são aqueles que prezam a qualidade de vida, seguem a moda, viajam, adotam novas tecnologias e preocupam-se com dinheiro ao mesmo tempo em que se importam com o meio-ambiente e as causas sociais.

O termo foi criado pelo americano Chuck Failla, empresário do setor financeiro em Nova York. E trata de um mix de Hippies e Yuppies. O site Scuppie.com elucida um pouco mais o assunto. E traz ilustrações divertidas, como a acima, na seção graphics.

Fonte: Posted by Paula Rizzo - Grupo de Planejamento

Não tenho um blog nem uma matriz pronta. Doutor, é grave?

Excelente artigo de Walter Susini, publicado hoje no site do Grupo de Planejamento. Vale muito a pena ler.
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O que pode interessar a um planejador?

Com toda essa leva crescente de novos antenados, blogueiros, modernos, cool, planejadores globais, é difícil para um planejador que não teme parecer um dinossauro e pertence à velha guarda que começou a planejar antes da internet achar alguma coisa que eles julguem interessante.

Não tenho um blog. Esta informação sem dúvida deve horrorizar muitos de vocês. Não tenho porque a minha vida não tem coisas tão mirabolantes para contar, a cada dia ou mais de uma vez num só dia (nem Salgari tinha uma vida interessante para contar, ainda que sua imaginação fervilhasse mais que a de muitos planejadores).

Não gosto de trends. A nova cueca de pelúcia vestida pelos roqueiros da Papuasia não me dá frêmitos de prazer nem me estimula grandes pensamentos estratégicos.

Não gosto de ler cases de marketing nem de planejamento, assim como acho chatos e inúteis os livros que falam de “how to build super duper brands” ou “ikea, o milagre da madeira sueca”.

Não tenho modelos, formatos nem matrizes de planejamento para vender como novos milagres de estratégia. Não acredito em formatos nem em modelos. Encaixotam a cabeça, tornam a mente preguiçosa.

Odeio os novos acrônimos, scuppies, tweens e quantaltro. Acho o TED um dos poucos lugares hoje dignos de passar mais de uma meia hora na internet (desde que depois você pegue um livro ou garimpe a história das pessoas que participam no TED).

Se você chegou até aqui e ainda está interessado no que eu tenho a dizer, vou falar do que gosto e acho que pode ajudar a ser um planejador de algum sucesso como gostaria que os planejadores fossem.

Gosto de Zeca Pagodinho. Há mais insight nas musicas dele que em qualquer site de Russell Davies.

Gosto muito mais do que Sex and the City fala sobre a mulher moderna do que a opinião de uma socióloga brega de saia justa.

Gosto de Titanic e de E o Vento Levou, que usam os arquétipos mais antigos do amor reinventando-os em histórias que fazem chorar e esperar que o barco não afunde (sigh).

Gosto de ler lendas gregas. Cada uma delas me surpreende pela quantidade de insight e valores humanos que me ensinam; o cinema de Hollywood entendeu isso cem anos atrás e continua pescando as tramas de todos os seus filmes nos arquétipos das histórias antigas.

Gostaria que os planejadores assistissem à televisão, e não se vangloriassem de não fazê-lo. Gostaria que os planejadores assistissem a mais filmes dos anos 70, lessem mais livros de poesias, obras de Canetti, Dostoievski, Machado de Assis e menos livros de marketing e propaganda.

Gosto das paranóias de Woody Allen e da comédia italiana. Gosto de Rocky, Scarface e Godfather (quem quiser ver como os arquétipos do herói, do anti-herói, do ajudante mágico são usados nos filmes hollywodianos, nada melhor que assistir 20-30 vezes ao capolavoro de Coppola).

Gostaria que cada planejador nessa terra tirasse 2 horas para assistir (no lugar das histórias engraçadinhas do Youtube) a no mínimo um filme de: Kurosawa, Welles, Kubrik, Bergman, De Sica, Hitchcock, Lang, Mizoguchi, Keaton, Coppola, Bresson, Fellini, Kieslowski, Cimmino e Pasolini.

E, mais que tudo, gostaria que os planejadores não desejassem ser a estrela da propaganda. O palco é dos criativos. Nós somos o motor, o diretor atrás do palco. Não precisamos de aplausos, nem de flores.

Eu jamais quis ir a Cannes (e morava a 2 horas de distância) até que virei cliente (e, também como cliente, me dei conta que não era o lugar para mim depois de 20 minutos...). By the way, 2 meses depois do evento se você quiser pode comprar o CD com todos os filmes.

Gostaria, enfim, que os planejadores entendessem claramente que não existe estratégia sem execução. Um planejador não é nada sem um criativo, mesmo no caso dele ser um grande mau caráter.
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Por Walter Susini
Veja aqui